segunda-feira, 8 de junho de 2009

as cores.

Perdi-me em pensamentos enquanto conduzia por aí. O caminho já está automatizado e àquela hora não haviam carros à minha volta... Não consegui encontrar uma conclusão para nada, como até já tem vindo sendo hábito. Afinal parece que há tanto em que pensar que a continuidade da vida não se mete em questão.
Por mais que corra e ande de um lado para o outro, existem coisas que nos são fundamentais: os momentos. Momentos de um existir que é real a cada inspiração, contacto, sentimento. Nos últimos dias, por mais que tivesse corrido, tive uma vida cheia. As cores invadiram o meu espírito e por mais cansaço que pudesse haver no meu corpo, todo o espírito respirava harmonia. A união e o empenho em torno de algo levam a que tudo ganhe sentido. Mas efémero, como os momentos marcantes.
Posso afirmar que mesmo cansada, estou preenchida. As cores permanecem num sorriso sincero e naquele olhar distraído com cada coisa. Calma, tentando não assustar ninguém com os meus gritos automáticos, sou eu mesma. Sou de vermelho com paixão da vida, de laranja com alma quente a cada dia, de amarelo como o sol que traz a luz, de verde com esperança, de azul com a àgua como o mundo que me é essencial, de indígo com um mergulho profundo no mar, de violeta com a essência das flores num dia perfeito.
Sou de todas as cores do arco-íris porque foi em torno do arco-íris que os últimos dias ganharam sentido. Sou de cores diferentes, de pessoas especiais, de momentos, esses momentos, que de tão simples que são tudo dizem. Por mais que corra e me perca, a vida será sempre a prioridade.

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