quarta-feira, 19 de março de 2008

o dia do Pai.

Hoje é o Dia do Pai. Hoje olho para o meu pai e vejo o quanto gosto dele, o quanto me fará falta, todas as vezes em que deveria abraçá-lo e não o faço, sabe-se lá porquê.
Recordo todos os momentos, cada conversa, cada lágrima e cada sorriso. O meu pai!... Hoje ofereci-lhe uma caneca para as suas cervejas, fui comprá-la com a minha irmã. Foi um tempo bem passado, nós as duas debruçadas nas montras a tentar escolher algo com que nos identificássemos e de que o nosso pai gostasse. Acho que conseguimos, embora neste momento pense se não deveria antes ter-lhe dado mais um abraço e um beijinho.
Vejo no meu pai a pessoa que gostava de ser. Toda a força, todo o carinho sempre disposto a ser partilhado connosco, até para brincar às lutas de vez em quando. Nunca me faltam as palavras quando tenho de falar do meu pai, admiro-o mais do que a qualquer outra pessoa que possa ser muito conhecida e ter feito algo grandioso.
Hoje penso muito, mesmo. Penso nas situações em que o pai não está assim, como o meu. Sei como gostariam de o ter, como lhes faz falta, como, lá no fundo, não deixa de estar presente. Dói, quere-lo e não o ter por perto sem que seja na suave brisa da manhã ou no raio de sol que nos fulmina o olhar. Custa, não poder abraçá-lo fisicamente e dar também o beijinho que muitas vezes desperdiço. Não consigo imaginar qual o sentimento ao olhar para as nuvens e ver um sorriso de um pai, inteirinho para quem o quer, sem que o veja, assim, como eu, na sua frente e possa depois dar-lhe a mão.
Repensei coisas em que tenho pensado nos últimos tempos. Eu gosto imenso do meu pai, é o meu ídolo. Se perdesse o meu pai, estaria perdida até ao fim da vida.

sábado, 15 de março de 2008

Até um dia!...

Repleta de ti, repleta de mágoa.
Insatisfeita, chorosa, nervosa, feliz. Quando te vejo a virar a esquina e a dar conta da minha presença pelo canto do teu olho sincero, sei que estou aí. Soltas um sorriso malandro, querias assustar-me. Não sejas tonto!... Sorrio-te e sei que vieste de livre vontade, que me quiseste contemplar, vislumbrando todo o fundo.
A pureza está presente, é o adquirido há já algum tempo. Entrelaçamos os dedos e acaricio-te a face, a forma de como me vês é o que me traz a sensação de que ao acordar me miras, rindo e gritando bom dia, enérgico e fugaz.
Querida, risonha, segura, feliz. Nada pode ser chamativo do que és, nada sabe o que sentes. Sei-o eu, sabe-lo tu, sabemo-lo, um do outro e é tudo o que faz muita diferença. Aliás, a certeza que nunca se tem move-nos neste mar onde a ondulação cresce, morre sempre feliz, bate na areia e escreve juras, que será sempre, sempre da mesma forma, faz promessas inesquecíveis, diz que será sempre, sempre da mesma forma e sabe que, enquanto golfinhos que um dia cruzaram a vida, ficaremos sempre presentes, até um dia!...