terça-feira, 25 de dezembro de 2007

Saudades.

Estou aqui, imóvel, sem saber o que pensar.
Desse lado te vejo, impenetrável, perdido em pensamentos, no que quer que seja. Tento decifrar tudo, cada balouçar teu, mas apenas me mantenho sem resposta.
Sei que amanhã não vai ser igual. Que não vais estar aqui, assim, à vista dos meus olhos. Sei que vais estar comigo, seja onde for, que te trarei em mim de todas as maneiras, com o teu sorriso matreiro que me consome, com o teu olhar que me encanta e me faz continuar na inconstância, apenas sabendo que és tu.
Está a ser bastante complicado, ver-te aí, dessa forma. Contudo, sei que te vou ter mais, que te vou levar, que estás bem marcado e que és especial. Dê o mundo que volta der, tens o teu nome na minha existência. És diferente de mais para que te possa tirar daqui.
Eu vou, sabes que vou, sei que irei.
Vou levar-te comigo, tenho-te sempre aqui.
Vá a vida para onde for,... Vou ter saudades tuas.
Saber, ainda mais, o que são saudades.

sexta-feira, 21 de dezembro de 2007

Ando.

Ando perdida
De um lado para o outro
Vagueio sozinha
Sem medo nem sono
Mas onde é que tu estás?
Porque o tempo não volta atrás?
Como chegámos até aqui?
Bastou perder-mo-nos por aí.
Ando contigo
Num lugar só nosso
Vagueio em ti
Sem tempo e espaço
Mas onde estamos nós?
Porque é o tempo tão veloz?
Como chegámos até agora?
Bastou não irmos embora.
Ando sem ti
Numa estrada dorida
Vagueio com nada
Estou de novo perdida
Mas onde é que tu estás?
O tempo não volta atrás!
Como viemos até aqui?
Bastou perder-mo-nos por aí!...

quinta-feira, 6 de dezembro de 2007

Anoitece.

Chego a casa, sorrateira, vinda de algum lado. Oiço todo aquele vento que sopra, com força, roçar no meu cabelo apertado pelo lenço que me aconchega. Está frio, talvez. Chego apenas fixa nalgo perfeito e único, pensando nisso que queres, em como és a minha vida.
Chego a casa, rodo a chave na fechadura e entro. A minha cabeça leva-me até ti, como em todo o dia. Representas a minha alma, a minha sacanisse feliz que se ri durante o que respiro. Começo por beber água, inundar-me de vontade de matar a sede, saber que aqui estás.
Sorrateira entro por aí, faço mil e um planos, não concretizo nenhum. Ocupas tudo o que quero, tens tudo o que ninguém tem. Com o frio sei que sinto, que estou viva e acordada.
Permaneces de uma forma tua. E nada te tira daqui. Conforto e aconchego que em mim encontro, sempre presentes mesmo após o sol posto.