sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

Capaz, sou, mas não fui.

Desapontada. Apenas comigo.
Sinto-me capaz de tudo, mas será que o consigo? Lembro-me do que tenho comigo, tudo o que me dá força para seguir em frente e continuar. É bom ouvir "Tens o meu apoio incondicional!", melhor ainda é senti-lo. Oh, eu sei-me capaz!
Porque não o fui logo? Porque tive de me frustrar para o poder fazer depois? Porque é assim, precisei de crescer quanto a isto, assustar-me para entender que é mesmo o meu sonho que quero seguir e que todos os esforços para o concretizar serão recompensados.
Tenho tudo para ser feliz, basta que conduza todas as vertentes nesse mesmo objectivo. E eu, eu sou capaz.
Desapontada comigo, por todos os avisos e todas as expectativas a que não correspondi. Acreditada de capacidade, agora, confiante, capaz de querer ser capaz. Conseguirei. Eu sei tanto que sim, se não o sei!... Afinal de contas, tenho o teu apoio incondicional.

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

Fale-me mais do Menino de Ouro.

Pedi-lho e ela pareceu entender-me. Contudo, não me falou. Mostrou-mo, para que o descobrisse. Talvez por sua tamanha riqueza, toda uma áurea me prendia a ele: Ali estava o que qualquer ser humano sonhava alcançar. Mas ela não mo recusou, partilhou-o comigo mesmo depois de me saber encantada com o seu tesouro.
Vi-me percorrer caminhos, sempre atrás dele. Era tudo aquilo que me guiava e eu sabia ir no trilho certo. Anestesiada de qualquer dor, o desejo e o amor por ele cresciam a olhos vistos, passos gigantes. Dei por mim num cruzamento, ao fim de longas estradas sem encontrar nada. Fosse por onde fosse, era ele quem eu tinha de seguir. Foi em frente, sempre em frente, e eu fui com ele. Num momento, estacou. Olhou para mim, mostrou-me a relíquia que era ao mesmo tempo em que me estendia uma mão. Deveria eu pegá-la? Queria ela partilhá-lo comigo assim tanto? Foi impulsivo, agarrei-o com toda a força. Depois, logo saberia.
No fim da estrada, voltei a encontrá-la. Ela, que me tinha dado a partilha, o conhecimento dele, que me havia incitado a descobri-lo. Mostrei-lhe as nossas mãos entrecruzadas, ela sorriu. Seria agora que iria conhecer a sua voz? Disse-me que eu era esperta em não o ter largado, ele era de facto mais do que rico. Tentei explicar-lhe que não o tinha feito em nome da sua riqueza, mas sim respondendo a um sentimento que não conseguia esconder mais. Eu tinha amor dentro de mim por aquele rapaz de quem conhecia a silhueta e o toque da mão, firme. Ela compreendeu-me, disse que havia sido por isso que mo mostrara, para eu saber o que é amar algo rico sem ser pelo desejo de riqueza.
Percebi, o meu Menino de Ouro assim o era porque ela assim o tinha construído. Partilhou-o comigo, ainda não sei porquê... Talvez porque eu seja capaz de o amar por toda a sua simplicidade. Aí, percebi-o ainda mais. O Menino de Ouro era assim para mim, porque desde o primeiro momento eu queria que o fosse.
E agora, por todo o mundo, sei que eu e ela somos as únicas que sabemos qual o encanto que ele emana. E tudo isto, porque sem sabermos como, lhe pedi para me falar mais sobre o Menino de Ouro.