domingo, 11 de maio de 2014

não sei. mas,

A vida tem coisas que nunca iremos perceber: sentimentos. Maus ou bons. Incompreensíveis ou não. Mas sempre imperceptíveis. Porque se entranham sem que o peças. Porque se criam sem que dês conta. Porque são puros por serem teus.

Arrogância, escárnio, indiferença. Foi o que vi.

Mas sou como sou. Não me dou por vencida. Se entra na minha cabeça, nela se manterá até se alcançar. Para além de ver, quis comprovar. Quis sentir. Sentir-te. Afinal, quem és tu?

Meiguice. Honestidade. Talento. Preocupação. Simpatia.
Inocência. Pureza. Timidez, até.

A prova que o que vemos à primeira, quase nunca é real. E que os sentimentos se criam conforme vamos conhecendo, mesmo que sem nada conheçamos. Porque a magia é essa.

Importas. Importas-me. O que te quero? Que sejas tu. Por que razão o quero? Porque gosto de ti. O que me leva a gostar de ti? Não sei. Mas gosto.

Já o disse, a vida tem coisas que nunca iremos perceber. Sabes porque é que gosto de ti? Eu não sei. Sabes porque é que gostas de mim? Não sei e acho que é loucura momentânea aí dentro.
A grandiosidade do que és é genuína por isso mesmo - por arranjares um espacinho para gostar de mim. E pior: por fazeres com que acredite nisso.

Acho que, se ao acaso leres isto, não pensarás que para ti é. Mas é.
Se disseres que te escrevi isto, direi que é mentira. Mas escrevi-to.
É que sou assim, sem razão de ser. Tal como tu para mim.
E é por isso que constantemente o tento por em palavras. Tudo isto foi totalmente imperceptível. Sem explicação, sem antevisões, sem prognósticos.

E é por ti que as coisas da vida que nunca iremos perceber são as melhores.
E é por isso que sei que por teres passado no meu percurso, fui muito mais rica.