sexta-feira, 23 de novembro de 2007

I'm feeling alive.

Porque de vez em quando me apetece soltar o mundo e gritar, fazer a festa sozinha e eu mesma divertir-me com ela. Agora estou numa dessas alturas. Quero rodear tudo com música, sentir-me bem comigo e com a maneira de como me apresento e dançar que nem uma louca, sem querer saber se estou a fazer boa ou má figura. Apenas andar por aí, numa grande pista de dança vazia, comigo no meio a libertar-me de tudo. Mexer-me, saber que tenho mesmo uma força dentro de mim que me move, que me tira a timidez perante todos os que me observam e me faz ser feliz e estar contente como nunca.
Vamos?
Dançar por um bom bocado! Até encher os pulmões de felicidade renovada, até dar vontade de gritar que vivo, que estou aqui, que sou e que tenho comigo as melhores pessoas do mundo.
Mesmo naquelas alturas em que o meu quarto vira a minha própria pista dança, onde bem ou mal sou eu quem se move, eu posso gritar: I'm feeling alive.

sexta-feira, 16 de novembro de 2007

O nó que me dói.

Existem momentos em que tenho vontade de aqui chegar e desamarrar o nó que me contém, dizer tudo de uma forma dura e fria, dizê-lo por alívio, porque sim. Quando me deparo neste meu lugar, sempre meu, vejo-me. Imaginativa, ou não, sempre eu, sim, por aqui, a falar com quem quer que seja.
Penso em quem lerá tudo isto ou apenas naqueles que nem sabem que isto existe. Outros, mantém-se absortos na sua vida. Eu, mantenho-me por aqui. De todos os últimos momentos que tenho passado, existe sempre controvérsia. Aliás, é fundamental que exista. Neste momento, sinto-me crescer. Os dias passam, normalmente. Eu passo por aqui, por mim, sinto que estou a ficar mais eu.
Deparo-me com quem gosto. Até mesmo com aqueles que não sempre presentes, não existe um dia em que, por um motivo ou outro, não saiba que gosto deles. Afinal, sou simples.
Gosto mesmo de gostar. Por vezes até demais. Gostar, não é difícil. Eu gosto.
Dos que me esboçam um sorriso.
Dos que me falam.
Dos que se preocupam comigo.
Dos que ouvem imensas das minhas parvoíces sempre a dizer que não chateio embora seja totalmente o contrário.
Daqueles que noutros tempos mais infantis me espetaram uma faca nas costas e me fizeram chegar até hoje.
Dos que me fizeram vir ao mundo e ao longo destes anos riem e choram comigo.
Eu gosto mesmo de gostar.
Pelos vistos, mesmo que leiam tudo o que escrevo, ou não, estão em mim.
Nos momentos em que um nó faz força e dói na minha garganta e me apetece gritar ao mundo, para quê fazê-lo? Não preciso de ser cruel. Não preciso de ser bruta.
Basta que não contenha a lágrima que cái do meu olho para saber que gosto e que afinal, sem qualquer tipo de dúvida, está tudo bem. Basta-me isso, para saber que não poderia viver com melhores pessoas.

quinta-feira, 8 de novembro de 2007

Tudo do nada.

Quis lembrar-me de ti, pensar o que serias, se o fosses. Nem sei se te encontraria por aí, quanto mais se virias ter comigo. Tento por tudo arrancar esta crosta, não gosto de a ver aqui. Pego nele e sei que posso falar contigo, tentar, no mínimo.
Tudo é tão efémero quanto o momento, tudo marca e faz mudar conforme o segundo. As escolhas feitas nem sempre são assumidas, nem sempre se notam fazer. Escolhi algo para isto? Deixei-me ficar apenas por aqui, mas algo faz com que me ache por caminhos perto dos teus, na tua tentativa sem sucesso.

Não se sabe dizer se bem ou mal, se é ou não, apenas que se for algo não passará de um todo, conduzido ao longo do leito do rio, chegando ao que nos pode dizer. Se o fosse, será que poderia tê-lo sido?
Não faças perguntas. Não digas nada. Olha, bem no fundo do que contigo fala. Será que é mesmo isso? Ou é apenas o nada? Um sonho? Olha!... Não desistas! Consegues ver?... É mesmo aquilo o que vês?... É?

domingo, 4 de novembro de 2007

Música.

Hoje quando acordei, tarde é verdade, liguei aquela coisinha que dá música e ouvi a mensagem que cada uma, outra após outra, me transmitia.
Positiva ou negativa, é sempre uma mensagem. E as que ouvi hoje são as que encaro ao virar de cada esquina. Afinal, a melodia, quando conjugada com o suave sibilar de palavras, gritos sentidos, seja o que for, é sempre uma mensagem adquirida.
Ás segundas e terças feiras discuto sempre, mesmo que por vezes de uma forma confusa que quem não tem aulas para se debruçar sobre o assunto não entenderia, o modo de como se comunica. Aliás, é bem mais complexo do que qualquer comum pensa. Dá azo a... questões filosóficas?! Enfim, comunicar é-nos inato, é a conclusão mais acertada a que chego.
Mas, quando se faz algo chamado música, a comunicação é feita de uma forma livre, em que não necessita de existir o entendimento mais correcto entre aquele que nos passa a mensagem e nós que a recebemos. E isto não tem de ser sempre assim, isso que fique claro, não venha algum professor meu ler isto e martirizar-me até ao fim do semestre.
Cada um entende o que quer de uma forma só sua, ligando o que ouve ao que é. E hoje, aquela coisinha que me dá música, fez-me saltar por aí e entender o que ela diz, comunicar com ela. Quando interpreto a música, eu sei que comunico.
Hoje não é segunda nem terça feira, é apenas mais um dia, em que, como em cada dia que acorde, eu me debruço sobre a comunicação e sei o quão ela faz parte de mim. Basta-me ouvir música, comunico na minha forma mais pura.

quinta-feira, 1 de novembro de 2007

Hoje sonhei contigo.

Hoje sonhei contigo. Hoje sonhei o que me eras, o que queria que fosses. Hoje sonhei que te superavas.
Aquela tua forma tão tua, a que realmente te pertence, soltar-se-ia, mostrando que é a mais importante. A maneira de como sorris e olhas, diria ao mundo que tens vontade.
Hoje sonhei contigo e não queria tê-lo feito. Vi-te de tal forma alguém empenhado, que agora desejo que o sejas. Quero tudo o que sonhei. Hoje sonhei com a pessoa em que te tornavas real, em que deixavas para sempre o que julgavas ser para dar espaço ao que claramente és. Hoje não quis sonhar contigo para não te descobrir e consequentemente desejar-te. Hoje, eu quis dormir somente. Mas tu não deixaste. Fizeste-me sonhar-te. Agora, tudo o que para mim seria um sonho, não passa disso mesmo.
Hoje sonhei contigo. Sonhei com o teu real que vive apenas na tua sombra.