sábado, 15 de março de 2008

Até um dia!...

Repleta de ti, repleta de mágoa.
Insatisfeita, chorosa, nervosa, feliz. Quando te vejo a virar a esquina e a dar conta da minha presença pelo canto do teu olho sincero, sei que estou aí. Soltas um sorriso malandro, querias assustar-me. Não sejas tonto!... Sorrio-te e sei que vieste de livre vontade, que me quiseste contemplar, vislumbrando todo o fundo.
A pureza está presente, é o adquirido há já algum tempo. Entrelaçamos os dedos e acaricio-te a face, a forma de como me vês é o que me traz a sensação de que ao acordar me miras, rindo e gritando bom dia, enérgico e fugaz.
Querida, risonha, segura, feliz. Nada pode ser chamativo do que és, nada sabe o que sentes. Sei-o eu, sabe-lo tu, sabemo-lo, um do outro e é tudo o que faz muita diferença. Aliás, a certeza que nunca se tem move-nos neste mar onde a ondulação cresce, morre sempre feliz, bate na areia e escreve juras, que será sempre, sempre da mesma forma, faz promessas inesquecíveis, diz que será sempre, sempre da mesma forma e sabe que, enquanto golfinhos que um dia cruzaram a vida, ficaremos sempre presentes, até um dia!...

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