quinta-feira, 28 de maio de 2009

nada.

Explicação? Não há. Podia ser do calor sufocante que está lá fora, mas acho que não tem nada que ver com isso. O meu olhar está cansado e os cantos da minha boca afundam-se de encontro ao chão. Sinto-me triste. Porque será?
Tento descobrir, mas em vão. O meu pensamento voa de encontro a tanto e parece que só num refúgio distante eu conseguiria encontar-me... Sei daquilo que sinto falta, mas sei também que é complicado que o tenha.
Parece que tudo passa por aí, pelas saudades. Não serei eu saudosista demais? Guardo recordações que ninguém se lembraria de guardar. Depois, vêm ao de cima da forma mais natural e inconstante. Dentro de sonhos, querem dizer alguma coisa: são as mesmas caras, a mesma angústia, o mesmo abraço no final que traz vontade de querer de novo. A cada volta na cama o meu consciente reclama por nomes, ideias... Nada a fazer. É virar para o outro lado e tentar continuar na noite escura.
Nem lamentar-me consigo, porque não sei sequer como fazê-lo... Talvez aquela palavra, uma qualquer, fosse boa de ouvir agora. Mas para quê? Mas qual? Mais cedo ou mais tarde tudo volta aqui, ao nada. Sim, ao nada, porque isto, se não sei sequer explicá-lo é isso mesmo: o nada. E como nada é, nada importa.
Alguém se deu ao trabalho de o ler?

2 comentários:

Catarina disse...

Eu dou me ao trabalho de ler ta descansada Ana Claudia Ameixa :D
Gosto tanto de ler o qe escreves qe venho ca sistematicamente.

Gosto mesmo muito, ainda mais de ti <3

Anónimo disse...

De tudo se faz a vida até à morte eterna que nada vale.

Teixeira (Pai)