quarta-feira, 28 de outubro de 2009

É amor, sabes?

Chego a casa e estou cansada, pesam-me os olhos. À minha volta estão todos os meus objectos habituais, tudo aquilo que deixo em cima da secreária ao acaso. Perco-me a olhar para o amontoado de coisas e vejo que, sendo elas as mesmas coisas banais de sempre, me lembram de ti. Quer dizer, haverá algo que não me lembre de ti? Não é obcessão, não é paixão. É amor, sabes? Mas um amor diferente, o amor mais especial e nobre que alguma vez encontrei. É amor de amizade, amor que nunca trai ainda que por vezes tenha de fazer doer. Sinto amor por ti, amor de uma amizade que não tem igual pela forma de como cresceu e se cimentou. Porque já está mais do que certo que será para sempre, num daqueles sempres onde não existe fim.
Lembro-me de ti ao olhar para uma simples moldura. Lá sei que poderiam estar presentes todos os bocadinhos que já passei contigo. Qualquer um, sem excepção. Sempre foram ricos, cheios de vivacidade e confiança. Mas que é de ti agora? Que é dessa tua força incrível de seguir em frente? Dessa tua palavra forte, por mais baixa que fosse dita? Não sei onde andas... Tenho ideias, pequenos pensamentos sobre onde poderás estar a cada hora do dia, mas não sei, nunca sei... Lembro-me de ti, lembro-me muito de ti. Sei que estás longe, quando o que mais queria era ter-te perto. Não é obcessão, não é paixão. É amor, sabes?
"Mas a verdadeira amizade, do tipo mais puro, nasce do amor. Nunca morre, nunca perde o brilho. Continua mesmo para lá da morte." - Nunca me esqueças, Lesley Pearse

1 comentário:

Catarina disse...

há dias que tento escrever algo...mas a folha branca fez-me tremer. até podia ter sido eu a escrever este texto, mas foste tu. nele disseste tudo o que eu ando a sentir. mas o meu amor é diferente. é um amor vivido e perdido. é um amor único, trágico, mas foi, é e será sempre no meu coração belo. texto perfeito Ameixa