domingo, 8 de novembro de 2009

diferença.

Não sei que te diga ou que escreva. Nem sequer sei que te pense. Nada me apetece senão o tudo que não sei o que é e por isso nem sequer posso pedir. Não posso pedi-lo porque não posso fazê-lo, porque não tenho esse direito e porque seria uma inutilidade. Olho pela janela e vejo o reflexo destas luzes sob as quais escrevo. Queria procurar-te no céu, mas aqui vai ser complicado. Sei que lá estás, sempre, nem que seja para que eu te veja. Não és a minha estrelinha protectora, mas sim aquela luz lá no alto a quem falo continuamente e que quero proteger acima de tudo.
Aqui vai uma confusão e acho que me enquadro no sistema: as pessoas passam para lá e para cá, com conversas trocadas. No meio há sempre um momento de descontração que ninguém sabe bem de onde vem. Agora acho que vou vestir o casaco e palmilhar até à entrada. Já conheço o caminho sem nunca me enganar e sei que lá fora vou poder ver-te. Não valerá a pena o arrepio na espinha do frio?
Não sei que te diga, que te escreva, que te pense. Gostava de te ver agora. Apenas de te olhar, olhar para o mundo e para ti dentro dele. Gostava de ver o que espelha o teu rosto expressivo para saber o que te dizer, o que te escrever e o que de ti pensar. É isso, vou mesmo lá fora. Ainda que não seja a tua cara é a tua paz de espírito que está à minha espera e só isso já faz toda a diferença. Sabes, tu és a diferença.

Sem comentários: