domingo, 21 de dezembro de 2008

luar

Noite que permances calada e quieta onde procuro a acalmia desta dúvida. Preciso que a colmates nesta minha indecisão do ser, sobre estrelas dispersas em que salto de vontades. Brilham lá em cima, tanto como aqui dentro, na minha pequenês do sentir. De movimento em movimento estão presentes, como realidade especial de uma hora de luar. Lua que brilhas, deixa-me que te pesque as estrelas somente para sabê-las minhas.
Que em ti me perco de sonhos vãos, imagens que quero verdades mas que em tudo de nada se afiguram semelhantes ao que tenho. Vontades, apenas pretensões distantes irrealizáveis. Porque as tenho sempre ainda que em nada as queira. Coerência, luz correcta, fica inquestionável. Não ficas, nunca, apenas efémera e enganadora, visões inúteis e de mágoa.
Luar que nada me trazes apaga a esperança, que não a quero mais. Cansei-me de te procurar como repouso calmo e persistente, tendo-te como toda a frustração de um que pensei direito. Vai rumo a outro mundo que não o meu, que nada de novo me trazes na imensidão daquilo que é o anseio de uma verdade assumida. Lua, estrelas, ainda que vos queira, não vos posso ter diante de mim.

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