domingo, 14 de dezembro de 2008

fugacidades subtis

O meu mundo de papelão desabou. Aquela caixa onde tinha dentro todo um emaranhado de ligações do sentir, desfez-se com esta chuva "molha-tolos" que caia insistente, parece que afinal exerce pressão sobre tudo.
Foi num ápice que se montou a caixa, e ainda houve tempo para fortalecer as dobras com fita-cola. Agora vejo que até esse fortalecer está no chão, esticado e cheio de salpicos de àgua. Há momentos inexplicáveis... Não me perguntes o porquê, que não sei dizer-to de outra forma que não o atabalhoamento, mas sei que este nó na garganta e a comichão dentro da barriga são indicadores de medo. Assumo-o, tenho medo!... Tal como a minha caixa se desfez, tão rapidamente, será que vai conseguir voltar a erguer-se?
Não são lágrimas, que já não as há. São repulsas de incompreensão que moem, que doem por me saber incapaz de aguentar o desfecho. Se ao menos tivesse tido a coragem de te dar aquele abraço...

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