sábado, 8 de novembro de 2008

Mundo

O mundo gira, mas nem sempre à tua volta. Achas demais, que tanto te apetece. Consegues até fazer-me sentir somente a futilidade, porque na maior parte das vezes é isso que transmites. Enjoa, mas não há nada a fazer.
Um dia quando o mundo parar de vez, repararás. Afinal, nem sempre é assim tão perfeito e indissociável. Não tenho que diga, mas também não tenho que te páre. Sabes aquela gota de àgua que é apenas mais uma no meio de todo o oceano? Oceano? Sou essa mesma, aquela, mas mais uma. Já tu, supremo poder dos mares, não serás também apenas outra gota? Ainda que não o queiras ser, parece-me bem que o sejas.
Agora o mundo roda, sem sentimento. E depois quando aquele caroço plantado no chão der origem a uma nova àrvore, não fará mais sentido? Porque há momentos em que é preciso cair, morrer, enterrar. Acaba por sair algo tão novo de lá do fundo, que tudo é mais perfeito que tanto. Olha, porque não caimos os dois?
Depois, o mundo abranda. Há tão mais a certeza de que os grãos de areia passeiam com o vento, apenas livres e vivos. Vês, quando temos algo que é uma vida e não sabemos aproveitá-la? Existe tanto desnecessário, para quê traze-lo? Não, não quero. Devia? Não, não devo.
Sabes, é que quando o mundo decidir deixar seguir a sua vida de forma normal, já estarei em toda a levianeza da existência. Tu, não sei onde andarás. Talvez um pouco sem rumo, não?

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