sábado, 30 de janeiro de 2010

a Corrida.

Há alturas em que estagnamos, em que apenas não conseguimos falar. Um minuto deixa de ter 60 segundos e passa a ter 120 no mesmo espaço de tempo. A vida corre a uma velocidade difícil de acompanhar, mas a corrida é para ser feita até à meta. Existem cruzamentos no percurso onde temos de optar qual a estrada a seguir e nem sempre fazemos a escolha mais fácil. Ainda assim, fazemos uma escolha. Enveredamos por um caminho que nos parece ser o melhor na altura. Só depois, uns metros mais à frente, é que podemos ter a certeza de que fizémos a escolha certa, ou não. Mas continuamos em frente, rumo a um objectivo. Temos momentos de fraqueza, momentos em que o cansaço parece apoderar-se de nós, mas não desistimos. Abrandamos o ritmo, estagnamos até durante algum tempo, mas acabamos por retomar o percurso, é mais forte que nós. Os sapatos começam a ficar gastos e experientes, mas não é por isso que deixam de servir. Os atacadores continuam a prendê-los bem junto aos nossos pés e é somente a sola que vai sofrendo o desgaste e ganhando conhecimento do chão. Todo o resto se mantém inteiro e íntegro, fiel a si mesmo. Continua a corrida, umas vezes connosco a pingar do esforço exigido, outras com sorrisos de uma paisagem bonita e também outras de semblante carregado. Mas há muitas, muitas mais facetas que adoptamos enquanto não alcançamos a meta. Dependendo dos percursos que formos levando, assim se faz a nossa expressão. Uns terminam a corrida muito antes de outros, outros muito depois de outros,... cada um leva o seu tempo. Até eu, que não gosto de correr, participo nesta corrida. Aliás, quem não participa? Mais rápido ou mais devagar, de forma mais ou menos intensa, todos corremos até cruzar a meta. Mesmo quando estagnamos, mesmo quando não conseguimos falar, corremos. É assim, é a vida.

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