segunda-feira, 6 de julho de 2009

20

Ontem quando cheguei a casa trazia todas as palavras que iria colocar aqui na minha cabeça, mas o sono e o cansaço foram mais fortes do que a força de escrever sobre este teclado. Foram três dias de Colete Encarnado, mas acima de tudo três dias onde o meu sentimento de plenitude foi uma constante. No meu último caminho para casa, tocava no meu rádio aquela melodia que diz "forever young, I want to be forever young" e parece que foi mais forte do que eu. Existe muita gente que, ao fazer mais um ano, faz mais um ano e pronto. Acho que até agora eu tinha encarado as coisas dessa maneira, mas para mim este ano foi diferente... Fiz uma retrospectiva de tudo aquilo que tenho vindo a ser e, acima de tudo, senti o peso! O peso, não da idade, mas sim da responsabilidade. Afinal de contas, tudo aquilo que vejo à minha volta tem de ser encarado com o máximo de seriedade possível. Este ano eu soube que tinha mesmo de largar os livros infanto-juvenis e escrever o meu, com toda a convicção, pela minha mão e pela minha cabeça. Agora sinto-me feliz, acho que posso considerar este aniversário como um ponto de viragem onde me vou esforçar por ser fiel a mim mesma, mais ainda.
Como o pensar demais sobre tudo isto já tem algum tempo, quis que este aniversário trouxesse até mim as pessoas de quem mais gosto. Penso que foi uma necessidade premente que senti ter, mas decidi não me preocupar muito com isso. Sempre gostei de surpresas, pena não serem todas positivas... Este ano posso dizer que fiquei bastante surpreendida com todos aqueles que acabaram por se mobilizar ao facto de uma míuda como eu fazer anos, ou não... Desde o primeiro ao último momento, recebi parabéns antes da hora, depois da hora, na hora certa. Ouvi imensas vozes entoarem a música que já conheço à 20 anos. Fui feliz, do início ao fim.
Não costumo fazer aqui os meus agradecimentos de forma directa, mas hoje quero dar a conhecer os nomes daqueles que me fizeram sorrir e reprimr lágrimas durante três dias de festa. Não querendo ser injusta para com todos os que estiveram comigo em vários momentos, tenho de refinar o meu destaque e referir apenas alguns. Em primeiro lugar, tenho de deixar um beijinho aos meus pais por me aturarem a cada dia e me deixarem ser e seguir aquilo que quero. Um beijinho também para a minha irmã, que esteve comigo na hora dos meus parabéns e ao meu irmão, que me ofereceu um desenho lindo e com um pormenor bastante explícito onde dá para perceber claramente que sou eu a retratada. Beijinho para a Cátia Travassos, por ter vindo de longe para estar comigo e também para a Rosita e para a Patrícia por, em conjunto com a minha irmã e o Filipe, terem sido as primeiras pessoas a cantar-me os parabéns. Um beijo enorme e um agradecimento bastante sentido e reconhecido à escstunis! Depois de os acompanhar várias vezes ao longo destes dias, dedicaram-me o "Sonhando" e fizeram todo o Largo da Câmara cantar-me os parabéns. Certamente que é um momento que nunca irei esquecer, porque mais uma vez sei que é com tudo de mim que sou escsiana. Foi muito especial. Um beijinho para o Filipe, Santa Fé. Mais um beijinho para o Marinho, que me aturou tempos sem fim. Quase chegando ao final, deixo outro beijinho desta vez para a tertúlia do PS, que durante três noites me viu passar de sorriso na cara. Para além de que foram os primeiros a cantar-me os parabéns a alto e bom som chamando-me Ana, tenho de deixar um beijinho maior para a Isabel, o Ricardo Teixeira e o João Pedro Baião. Espero que tenham gostado da minha ginginha! Por fim, um beijinho enorme para aqueles que me aturaram do início ao fim e que nunca disso se queixaram. Companheiros de touradas, de risotas, de inúmeras cantorias de parabéns aos berros por toda a parte, chamei-lhes os três mosqueteiros. Porque sem eles não teria sido igual em todos os momentos: Capucha, Dani e Marco - os melhores.
Sem dúvida que foi o meu melhor aniversário de sempre. Mesmo nada tendo planeado, houve de quem tenha sentido falta... Porque mesmo absorta em sorrisos, não consigo esquecer tudo aquilo que está presente cá dentro. Infelizmente, faltou a palavra de algo que ocupa um grande espaço no meu coração... Parece que, mesmo com mais um ano, os meus sentimentos não desapareceram por magia. Custa não poder contar com uma palavra especial de alguém especial, mesmo que seja num simples dia onde faço mais um ano do que aqueles que já tenho... Afinal, continuo a mesma de sempre.
Muitas surpresas positivas foram aquelas que tive e que não me deixarão esquecer estes dias tão depressa. Ainda que consigam ser mais fortes que o amargo nó da minha garganta ao recordar a desilusão, não consigo apagá-la... Enfim, o que mais importa é que apesar de tudo este foi o meu melhor aniversário de sempre. Ontem o Colete despediu-se com foguetes, no rio. Hoje, despeço-me com sono e uma leve constipação, mas certa de que estou feliz, ainda que tenha de lidar com as pequenas adversidades da vida...
O meu muito obrigada a todos.

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