quinta-feira, 12 de junho de 2008

Amizade.

Não é preciso falar muito nem pouco, basta falar. Um olhar que diga, algo que o dite, o suspiro cúmplice. E é assim que sei, que me congratulo de ver que é verdade. Há medo de a perder, que se desvaneça e saia, que vá embora, de uma vez, como tantas que já foi. Numas alturas volta, mas acaba sempre por seguir o seu caminho. O perder é constante, ir sem retornar, ir, porque decidiu.
E foi, mesmo que tenha feito tudo para que ficasse. Agora, sei que posso tê-la sem que se desvaneça como a brisa que passa rápido. Aos poucos vai ficando, perdurando, fortalecendo-se. Como é boa a sensação. Momentos inesquecíveis de partilha entre o sol e o mar, escritos num areal da vida, permanentes, nossos.
Tu que prendes e pedes, cedes e ofereces, cativas e trazes. Que me respiras. Nem que se esteja longe, a distância não existe. Nada deixa que nos percamos. O nosso caminho está traçado, não vamos sair dele.
Seguir o trilho, rumo a nós. Porque não é preciso tudo, basta que se una, que seja um, o que ja é, mais forte. Isso, sempre.

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