segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

espera.

Espera. Não desanimes, não deixes de acreditar, espera. Não percas a fé, não desistas, espera. Mantém a esperança, ainda que maior nuns dias do que noutros. Mantém a tua chama acesa para que não percas de vista a luz ao fundo do túnel. Não penses nisso, não sejas impaciente... simplesmente, espera.

Podem ser muitas horas de choro, muitos pensamentos de descrédito. Podem ser momentos considerados perdidos, entre angústias que apertam o coração. Podem ser murros na parede, gritos de revolta. Pode ser tudo aquilo que te faça sentir perdido, podem ser todas as certezas de que nada mudará, mas... espera.

Um dia, quando somente esperares, acontece o que achavas impossível. O teu sonho desce à terra e aparece à tua frente, sem que o aches real. As tuas angústias passam a felicidade em dois milésimos de segundo e voltas a saber como sorrir de forma autêntica. Realizas que a criancisse nunca se perde e que afinal ainda sabes falar como um bebé.

Um dia, depois de teres apenas esperado, verás que a tua chama no fundo do túnel ganha mais calor e parece-te cada vez mais perto. Aí, correrás até ela e encontrarás o teu menino de bronze, o teu amuleto, a tua sorte constante. Entendes agora?

Depois de desanimar, de deixar de acreditar, de perder a fé e de desistir... Depois de tudo... A minha chama ganhou cor, calor e vida. Eu corri. Lancei-me de cabeça para o meu menino de bronze e apanhei-o, com todos os cuidados do mundo. Agora tenho-o sempre aqui, na palma da minha mão. Para o admirar, para lhe sussurrar, para lhe sorrir. Para viver com ele.

Ainda que tenhas todas as certezas de que nada mudará... espera. Eu esperei! O mundo vira de tempos a tempos, ninguém sabe quando chega a tua hora. Espera.

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