segunda-feira, 3 de agosto de 2009

dança

Levitava por entre nuvens quietas e subtis, como um pássaro livre. Feliz, era apenas como se sentia. Pé ante pé, inventava danças leves e capazes de encantar qualquer um. Porquê? Por nada, nada senão aquelas palavras sinceras que gostava de ouvir... Para quê pensar mais? O melhor era mesmo como agora fizera, deixar-se correr... Com a quietude tudo vem muito mais original, a pureza é a constante arte onde se age a cada toque.
Nada que pudessem dizer a tiraria daquele seu mundo sorridente e feliz. Não era preciso inventar mais, aquilo bastava-lhe como lhe bastava a àgua inerente à sua vida. Imaginou-se em palco frente a qualquer público. Sabia lá no seu mais ínfimo pedacinho que seria capaz de dançar como nunca o fizera. De cabelo bem apertado, de movimentos bem fluídos, de uma seriedade e entrega totais no rosto. A música seria o seu ar que a levaria mais além.
Não vale a pena pedir explicações, nada trariam de novo. A sua felicidade constante não trazia outra explicação senão aquela mesmo. Palavras sinceras e atitudes únicas, vindas apenas de quem mais nada lhe poderia trazer senão tudo. Tudo o que sempre quisera.

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