terça-feira, 14 de abril de 2015

chão

É a fragilidade. Com que se constrói e se desmancha, em escassos minutos. Com algo tão pequeno mas que dói de forma tão grande.
A cabeça fica cheia de borboletas dispersas que batem contra as paredes, sem que consigam andar juntas, em bando, num mesmo sentido. E o quanto isso dificulta os minutos...
No meio do mundo a solidão abate-se como uma faixa negra que se atravessa em frente do olhar. Pelos cantos a luz vislumbra-se mas não se encontra. As mãos esticam-se convictas, mas nada agarram. E agora, como se sai deste caminho perigoso?
O chão é sempre amparo onde as lágrimas encontram lugar. Para onde se cai, resignado à sorte do momento. Onde se quebra, porque está na hora.
Mas farta. A reacção começa a fervilhar e é preciso voltar ao ar.
Onde está aquela mão esticada para que nos levantemos de novo?

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