quarta-feira, 24 de novembro de 2010

uma ilha

Está mais frio aqui do que lá fora, onde o sol reluz entre o fresco que ainda deixa secar a roupa. A música toca enquanto escrevo, num momento em que apenas me apetece um chocolate quente para me aquecer as mãos e a alma. Não sei o que me deu, mas sei que te deste e que estou feliz assim.

Cada som que antes me parecia vulgar, agora transmite uma mensagem que compreendo e assimilo com o passar das horas. Parece que sempre te tive, embora tenhas andado longe por muito tempo. Já se dizia: quem espera sempre alcança, enquanto me obrigo a beber golos e golos de água gélida mas ao mesmo tempo essencial, como tu.

Sou de viagens constantes, nem que sejam dentro dos meus sonhos mais profundos e inconfessáveis. Sou de sonhos, sabes disso. Sou de ti, que me és um sonho diferente e inesquecível a cada momento. Sou de ondas, que vêm inesperadamente e rebentam, revoltando a areia onde caem, não deixando nada inteiro à sua passagem.

"Já nem me embala o balanço do vento, e o balanço do vento eu deixei
Junto à gaveta onde as ondas dispersam as coisas que eu nunca juntei"

(Uma Ilha - Deolinda)

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