sexta-feira, 12 de março de 2010

lembro-me

Não sei porque é que ainda me lembro de ti. Não sei se é da tua expressão, da tua mão, do teu sorriso, do teu olhar ou simplesmente da tua voz. Sempre estiveste lá mas nunca te tinha visto como daquela vez e não sei porque é que te vi de maneira diferente. Talvez tenha sido o cheiro do mar ou os passos que dei enquanto caminhava para um lado qualquer. Pode ter sido a minha fala irrequieta que teimava em não cessar ou apenas tudo. Não sei o porquê, sou sincera quando digo que não encontro um motivo para que me lembre.
Depois levas-me o pensamento em sonhos, onde viajo para qualquer lado em que sempre estás. Até quando respiro acordada entras na minha cabeça sem aviso nem contexto para que o faças. Invades cada pedaço de mim seja em que lugar for, a que hora for. Não encontro sentido para que tal aconteça, mas acontece. Até nos momentos em que vejo as horas, me pergunto se saberás que horas são. Lembro-me de ti até agora enquanto os nossos mundos correm por caminhos que imagino diferentes.
Não tenho explicação para que me lembre de ti. Aliás, nem tenho uma razão que me que faça procurar uma explicação, porque essa explicação não existe. Sempre te vi e sei que sempre te verei, apenas não sei de que forma. Seja pela tua expressão, pela tua mão, pelo teu sorriso, pelo teu olhar ou pela tua voz, a questão é que me lembro de ti, sempre, por seres tu.

1 comentário:

Anónimo disse...

Que texto "profundo". Gostei muito.
Tens um blog porreirito.
Beijo