segunda-feira, 24 de novembro de 2014

barreiras

O que eu gostava?
Era de sentir reciprocidade. O teu esforço. Ou pelo menos a tua compreensão.
Se somos o que somos, porque não podemos ser como deveríamos?
Acho que não estou mal, mas acho que estou mal. A minha postura não é compreendida, a minha tentativa sai frustrada e o que era suposto que fossemos só se afasta a passos largos.
Não que o queiramos, mas porque o provocamos.
E o porquê? O porquê é o que me leva de encontro às pessoas difíceis, indefinidas, tão como eu que em vez de ajudar só desajudam. Frustram, não magoam. Fazem querer superar barreiras insuperáveis. Mas tenta-se, isso sempre. De saltar a barreira sem lhe bater com o pé e a mandar ao chão. De lhe passar por cima com facilidade e leveza, coisa para a qual nunca tive jeito.
Afinal nunca soube ser de outra forma. Se gostava de o ser? Não sei.
Mas gostava de ser como sou. Superando-me.
Ajudas-me de uma vez?

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