sábado, 25 de dezembro de 2010

um pequeno peluche

Se um pequeno peluche pudesse falar, encontraria a forma mais infantil e simples de partilhar contigo todas as palavras que partilho com ele. Dir-te-ia tudo, até mesmo aquilo que não lhe sei dizer. Companheiro de horas de sono e de todas as horas do dia, só ele sabe o que ainda me seduz. Só ele sente aquilo que sei sentir, porque agora só ele me parece conhecer com todas as letrinhas pelas quais sou escrita.

Na sua camisola laranja, que já vai ficando larga de andar sempre com ele na mão, o pequeno peluche enche o peito de ar e respira com força. Está cheio de amor, enchendo sempre mais e mais a cada minuto que passa. Mesmo que possa andar dentro do meu bolso, só ele me acompanha nas pequenas coisas rotineiras de um dia comum, perdido entre tantos outros.

Pois é, se o agora meu pequeno peluche pudesse falar, dir-te-ia aquilo que eu já não consigo exprimir. Ele é como tu, importante e indispensável. Com ele sei ter-te mais perto quando sei estares mais longe... e não consigo afastá-lo muito tempo de mim. Um simples boneco pode tornar-se no objecto mais importante que temos connosco. Basta sonhar, basta querer e basta sentir.

Assim, se todos tivessem um pequeno peluche como eu tenho, poderiam partilhar com ele até o impossível. É que, sem falar, encontramos um grande amigo que podemos abraçar, a qualquer hora, a qualquer momento e sentir-nos reconfortados com isso. A imaginação leva-nos onde queremos e o amor move-nos até qualquer lugar. Aliando tudo isso num pequeno peluche, posso sentir-me querida mesmo sabendo que hoje não estás aqui.

Sem comentários: