terça-feira, 21 de outubro de 2008

O Momento.

Fazes-me falta, como tu sabes fazer. Tenho medo de que vás para longe, boiando sobre as ondas, que não consiga encontrar-te mais. Gosto de quando ficas em mim, de quando ficamos apenas sentados na areia a olhar o mar. É-nos tão cúmplice, não é? Transporta toda a acalmia, o mimo de um coração. E gosto, gosto de te olhar quando olhas o mar. Sei que te vives, que estás apenas a disfrutar de um momento, O Momento. Pareces-me tão meu, que penso que nada me és. Quero saber que sim, que te terei aqui, mas com todo este mar, como poderás prometer-me que a corrente não te leva? Não sei que mais te queira, senão querer-te somente. Mas é salgado o mar, ainda que lhe deixe toda a minha doçura. Que fique algo puro meu, para ti, se fores. Fica, mas vai. Somente, o que apeteça, o que te peça o mar, somente. Ao menos sei que se as ondas te levarem, terás tanto um beijo meu como uma lágrima. E assim, irei contigo. Ainda que me leves, que fiques, ou não.

1 comentário:

Anónimo disse...

Um lindo texto. Um grande amor. Sentimental, intenso e profundo. Para quem sera?
Continua com estes magnificos posts, 'inha.