sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Falta de.

Chego a casa e largo as minhas coisas para cima da cama. Estou farta de te pensar. Ligo o computador e apetece-me tanto o chá quente. Os parvos dos pássaros já me enervam com aquele piar insistente e canso-me de sentir. Sabes quando queremos passar-nos da cabeça e falar? Falar somente sem apenas dizer nada?
Já me cansei de tentar. Quer dizer, parece impossível. Saber que basta um simples gesto e posso ter-te aqui. Mas terei de ser sempre eu a tentar?
Não gosto de me sentir desiludida. Mas é tão insistente não é? Acabo por agarrar na minha pasta e folheio as micas para não dizer que não faço nada. Desisto. Mando-me para trás na cama e fecho os olhos. Dou por mim e parti para outro mundo.
Lá encontro-te, tenho-te por perto. Lá talvez os meus desejos sejam uma ordem. Apenas sei que quando voltar de novo à minha cama, não será nada igual. Será outra vez o mesmo, o mesmo que dispenso.
Saudade.
Se aperta, é porque foram bons momentos.
Se dói, é porque há medo de os perder.
Agora aperta, doendo cada vez mais.

1 comentário:

Inês Bexiga disse...

Um retrato falado? =)
Está bom, é sentimental e desconcertante ao mesmo tempo.

Fica bem e bons posts =)
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