terça-feira, 8 de janeiro de 2008

Quero.

Quero que voes,
que saias daqui de uma vez.
Vai, por aí!...
Quero que poises,
que não te levantes,
que permaneças imóvel num só pensamento.
Quero algo,
que fique memorável e inteiro,
único e lisonjeiro,
tudo o que me falta na vida.
Quero paz,
desassossego que me aconchega,
Quero dualidade,
o bom e o melhor.
Quero algo,
quero uma vida, minha.
Quero sentir-me alguém,
saber que tenho valor,
que sou Um,
que posso gostar de mim sem que me recriminem por isso.
Quero saber que sou,
apesar de todo um físico que o desacredite,
apesar de não saber se o serei.
Quero algo, quero a vida.
Quero que te vás embora, eu fico.
Quero que fiques, eu vou.
Quero algo,
Quero saber que sei,
que sinto,
que vivo,
que sou,
que também tenho direito a sentir-me diferente.
Afinal, posso querer ou não?
É que eu quero.

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