quarta-feira, 24 de outubro de 2007

Acordar?!...

Hoje apenas preciso de acordar. Sentir tudo isto e aquilo, viver a vida. Adormeci enquanto viajava por aí, enquanto a música tocava e eu sabia que podia voar e que não o tinha feito!... Não consegui. Precisava de abrir os olhos e saber que podia saltar e correr sobre o ar, mas estes estavam cerrados com tanta força!, sem que a mais pequena intenção fizesse com que vissem o mundo. Soube aí que era necessário que deixasse o sono. Esforcei-me tanto! mas,... Afinal de contas, eu estava a pensar, a falar comigo!
Então porquê não via o dia?

Não precisava. Soube-o apenas.
Abri os olhos noutra direccção. Nessa, eu vi. O que continha, era puro. Eram apenas pessoas, todas diferentes, unidas num só propósito comum. Voei, soube que podia saltar. Quando planava por aí, fui somente na minha direcção. Com os olhos presos dentro da mesma. Quando corri sobre o ar, descobri. Todo aquele propósito era eu. Aquelas pessoas eram o que sou. Tudo o que não via estava então a olhos nús para o mundo. Quem quisesse que lhe falasse, que lhe tocasse, que o sentisse. Que o abraçasse e fosse com ele.
Eu não via o dia. Via apenas o que queria, o que era e o que continha. E não me importei de todo com isso. De facto, é bom estar ainda a dormir.

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