quinta-feira, 21 de abril de 2011

sonhei.

Sonhei que o meu sonho se tornava real. Sonhei que encontrava por aí um amor perdido, um amor que julguei não existir e nunca encontrar. Sonhei que me dedicava a esse amor, tanto quanto ele a mim. Sonhei que, num sonho real, existiria amor, fosse onde fosse.

Sonhei que encontrava um príncipe igual àqueles dos livros que lia em miúda, que me olhava com ternura para que me sentisse amada, simplesmente. Sonhei que o tinha a meu lado a toda hora, enquanto presença constante e imprescindível no meu dia a dia. Sonhei que, sem nada me dizer, ele me diria tudo aquilo que eu mais ambicionava ouvir.

Sonhei que me sentiria querida em todos os momentos, feliz sem hesitar em cada segundo de partilha. Sonhei que passaria a acreditar no "para sempre" com todas as minhas forças, apenas com certezas daquelas que nada nem ninguém conseguem explicar. Sonhei que me faria forte, apenas por me saber segura de um sentimento puro e verdadeiro.

Sonhei que seria tudo, que não teria medo, que saberia haver um futuro. Sonhei que havia um sorriso que nunca ia desaparecer da minha memória. Sonhei com um sabor e um odor inesquecíveis, que se prenderiam a mim como uma presença indistinta da minha existência.

Sonhei contigo, com o que me serias e com o que me és.

E no fim de sonhar dei conta que, afinal, sempre estive acordada. Existes, em mim, na minha essência. Quero-te a ti mais do que à vida.

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